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                 Cuidados preliminares


1. Estar bem ancorado;
2. Manusear a corda com cuidado para não deixá-la cair morro abaixo;
3. Equalizar a corda, ou seja, igualar o comprimento das duas pontas que serão lançadas (o ponto em que a corda toca no grampo deve ser o meio da corda para que os comprimentos das duas pontas fiquem iguais); 
4. Caso utilize duas cordas, após uni-las com o nó apropriado (nó oito, por exemplo), certificar-se qual corda deverá ser puxada (aquela que o nó não passa pelo grampo);
5. Fazer um nó em cada ponta da corda (nó duplo), antes de lançá-la. Atenção: No final da descida, não esquecer de desfazer o nó antes de puxar a corda;
6. Montar o aparelho de descida (freio);
Obs.: Usar sempre mosquetões com trava para montagem do aparelho de descida (freio) e auto-segurança.


Auto-segurança


Além dos cuidados que devem ser tomados na montagem da descida, é recomendável que cada escalador (principalmente o primeiro a descer) também monte uma segurança complementar.

A auto-segurança pode ser feita utilizando-se nós blocantes (prusik, machard e autoblock), ou aparelhos como o Shunt, fabricado pela Petzl. A vantagem de se usar os nós blocantes é que eles são simples, seguros, leves e baratos.

 

Nós Blocantes

 

O nó blocante trava a queda do escalador caso ele perca o controle da velocidade de descida, prendendo-se à corda por atrito, ao ser submetido a uma tensão maior - peso do escalador.

Para fazer o nó, é necessário possuir uma alça de cordelete, com diâmetro de 5 ou 6mm e medindo entre 1m a 1,5m, cujas pontas são unidas através do nó de pescador duplo formando uma laçada fechada. Essa alça deve ser enrolada em espiral diretamente na corda de escalada.

 

 

 

 

 

 

 

 


Normalmente o nó prusik (criado por Karl Prusik, em 1931) é feito com duas ou três voltas da alça de cordelete ao redor da corda principal, podendo ficar acima ou abaixo do freio, e fixado no baudrier com um mosquetão de trava.

 

 

 

 

 



O nó bachmann exige quatro ou mais voltas. O autoblock ou o machard costumam ser utilizados abaixo do freio e fixados na perna da cadeirinha com a utilização de um mosquetão com trava.

 

Equipamento Básico

 

O equipamento básico para a prática do Rapel consiste em:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Cadeirinha com ajustes para as pernas e cintura

- Capacete de proteção com regulagem

- Luvas de raspa para conteção do atrito

- Freio Oito de aço inox 

- Mosquetão com trava dupla e rosca
 

TÉCNICAS DE RAPEL

 

                               A técnica do rappel foi criada por Jean Charlet-Straton, em 1879, após a conquista da montanha Petit Dru, localizada nos Alpes franceses. A conquista foi realizada por três escaladores liderados por Jean que, após atingirem o cume, desceram as íngremes paredes passando a corda ao redor de saliências na pedra e, segurando-a com as mãos, dirigiam-se para baixo. O último a chegar ao final de cada lance recuperava a corda, puxando-a, para iniciar uma nova descida. Rappel, palavra de origem francesa, traduz-se na ação de trazer de volta. Daí que, a rigor, só é possível “rapelar” em corda dupla para que seja possível puxá-la por uma das pontas. Desde então a técnica passou a ser aprimorada com a incorporação de novos métodos e também equipamentos para auxiliar a descida. Atualmente, com a expansão do esporte, não é raro tomarmos conhecimento de acidentes durante a prática do rapel. As causas, quase sempre, apontam para o descuido no emprego da técnica e indicam que a adoção de medidas básicas de segurança podem evitar esse tipo de acidente. O processo de descida em rapel com auto-segurança não é complicado ou requer grande investimento para a compra de equipamentos. O material, aliás, está disponível na mochila de todo escalador. Talvez o que falte seja a cultura, a disciplina, de observar os procedimentos de segurança na hora de descer pela via. Existem várias formas de montar uma auto-segurança para a prática do rapel. Aqui são apresentadas as opções consideradas mais comuns. Convém ressaltar que cada escalador é responsável pelas técnicas que utiliza e que a segurança depende de uma postura adequada, uma atitude, que se compõe do conhecimento e emprego da técnica aliada à experiência no julgamento de cada situação em que possa existir risco potencial. Com o melhor equipamento do mundo, o homem de julgamento pobre está em perigo mortal.

Montagem da segurança


Alguns escaladores preferem montar a auto-segurança acima do freio, alegando, entre outras, que caso a corda se rompa, resta a possibilidade do nó travar impedindo a queda do escalador.

Todo escalador deve possuir pelo menos duas laçadas de cordelete disponíveis no baudrier, pois em determinadas situações é necessário a utilização da outra laçada para subir na corda. Deve também estar treinado em técnicas de ascensão em corda.

IMPORTANTE: O nó blocante deve deslizar pela corda sem estar muito frouxo e não deve ser segurado pela mão do escalador. Erro comum é o escalador segurar o nó com a mão, para fazê-lo deslizar e, com isso, impedir o travamento em caso de queda. A mão do escalador deve ser mantida diretamente na corda, acima do nó, acompanhando-o na descida. Assim, em caso de queda, mesmo que instintivamente o escalador segure a corda, o nó estará livre para travar a queda. 
Há também escaladores que preferem a montagem do nó blocante abaixo do freio, alegando facilidade para destravá-lo. Nesse caso é recomendável montar o freio um pouco acima da cadeirinha, com o uso de uma pequena solteira. Esse procedimento evita que o nó blocante "entre" no freio e trave a descida. Também neste caso o nó não deve ser segurado pela mão do escalador.

O tipo de nó blocante a ser utilizado e o local de montagem, acima ou abaixo do freio, é uma escolha pessoal de cada escalador. O assunto é polêmico e cada método possui seus defensores fervorosos. Mas num aspecto todos concordam: é muito importante a utilização de um sistema de auto-segurança durante a prática do rapel.

Cuidados ao descer:
* Certificar-se se foi dado um nó em cada ponta da corda;
* Fazer sempre uma dupla conferência nos equipamentos;
* Descer devagar, sem submeter a ancoragem a trancos ou esforços excessivos e evitando o superaquecimento dos equipamentos.


 

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